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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Consolados Pelo Mato e o fim da Colméia Gigante - parte 2

Com a retomada de nossa fortaleza, começamos a montar acampamento, e como não conhecíamos muito do assunto até então, pareceu uma boa idéia estender uma lona do lado de fora da casa e montar as barracas em cima dela para minimizar o contato direto com a terra, o que mais  tarde vimos ter sido uma péssima idéia, bom mas enquanto parte do grupo montava acampamento a outra parte buscava o restante das coisas nos carros que haviam ficado no meio do caminho.
Era necessário ainda abrir a trilha que levaria até o riacho e a bica, nossas fontes de água no terreno  e essa água era coletada em baldes e levada terreno acima.
O dia passou rápido, almoçamos e logo abrimos outra trilha na parte de trás da casa, para tentar achar um antigo acesso a uma outra fonte de água que estaria mais perto da casa, encontramos o local desejado mas só um fio de água passava por ali agora, então nada feito é retornar para a casa e esperar a noite cair.
Lembram do acampamento que havia ficado em cima de uma lona, pois é, estávamos em 4 barracas e pra deixar a situação um pouco mais engraçada começou a chover, não era uma chuva forte com ventos de 300 km/h , mas era uma chuva molhada o bastante para transformar nossa lona em uma piscina de mil litros e como a água não tinha por onde infiltrar na terra, tivemos que tentar dormir no molhado literalmente, minha fina colchonete agora tinha 5 vezes o peso original, era noite e ainda chovia, ou seja, tarde demais para o plano B. Uma noite fantástica vira pra lá vira pra cá da uma torcida no travesseiro, tira a água do ouvido, mergulha, da uma cambalhota pra cair maneiro na água ( eu sei eu sei, devia ter comprado um colchão inflável ) pra passar o tempo eu e um amigo que estava na mesma barraca que eu saímos no meio da noite e da chuva só pra soltar as varetas da barraca ao lado e vê-la cair em cima dos habitantes da mesma ( eu sei eu sei, é cruel mas se um dia tiverem a oportunidade não exitem é muito engraçado), mas o que importa é que a noite passou e acordamos, ou seria certo dizer que só paramos de tentar dormir.
Um novo dia começou e queríamos fazer algum programa que não fosse só cortar mato selva adentro, então optamos por uma cachoeira perto dali. O engraçado é que sempre que se entra em uma água fria de cachoeira o seu medo é molhar os shorts, cueca, sunga tanto faz, como se sua genitália fosse encolher até sumir, mas quando você entra mesmo na água, você vê que é verdade “cadê meu pipi” (KKKKKKKKK) brincadeiras a parte até parece que isso já aconteceu comigo, entramos todos nas águas geladíssimas da cachoeira da qual eu desconheço o nome agora, mas se eu tivesse que batizá-la na hora que entrei com certeza ela se chamaria “UaaaaFriodaPoha UaaaaFriodoCape UaaaaNãoSintoMeuPé” , é eu sei que seria um nome curto demais mas vale a intenção, bom voltemos aos fatos, foi muito legal agente ficou um tempão lavando a alma e quando saímos eu nem lembrava mais o meu nome, achei que eu fosse Abú Abdalla Saphari, mas minha mãe (aaaaaaaaaa véia do mangue) estava por ali e foi me lembrando aos poucos quem eu era, voltamos para o sítio e realmente já não havia muitas opções de lazer num terreno cheio de samambaias e insetos mas eu particularmente me sinto em casa, fizemos mais uma trilha que daria acesso ao rio para tentarmos pescar a noite já que o único tipo de peixe que existe ali tem hábitos noturnos (bagre), antes de cair a noite decidimos por unanimidade montar o acampamento dentro do rancho, pois não ia ter mais graça dormir numa raia de piscina olímpica, acampamento montado e janta na mesa eu não sei se é a fome, o ar rarefeito ou um estranho vento que soprava do leste, mas a comida feita no sítio é muito gostosa.
Dessa vez o nosso acampamento estava bem mais tranqüilo e foi possível contar piadas até pegar no sono. De manhã eu acordei com o ferro da minha barraca caindo bem na minha testa, uma vingança dos moradores da barraca que derrubei no outro dia, já que essa barraca era de um modelo um pouco mais robusta infelizmente (eu mereci), parte do grupo anunciou que iria desertar e partir pra uma outra chácara da família em Ibiúna pois lá haviam outras opções de lazer, como exemplo campo de futebol, lareira, estacionamento, chuveiro quente, televisão, cama, etc... enfim se eu quisesse todas essas coisas eu tinha ficado em casa. Fiquei no sítio junto aos aventureiros que ainda restavam.
Continua...

2 comentários:

  1. Sem falar que os desertores foram embora porque a outra chácara tinha mais "luxo" piscininha, chuveirinho quente....O RAPA AQUI É LUGAR DE MACHO MALANDRO, NÃO GUENTA BEBE ÁGUA...

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  2. A água da cachoeira estava tão gelada que meu irmão cortou o pe, ou melhor fez um furo no dedão e nem sentiu, nem sangrou....o sangue que ia sair congelou na mesma hora....rsrsrs

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